terça-feira, 21 de agosto de 2012

O Bom da Vida


Revisitando algumas memórias antigas, percebi que sempre tive saudade. Ou seja, eu nunca estive satisfeito! Sempre querendo ter a idade de antes, sempre pensando que eu seria mais feliz se tivesse tomado outras decisões. Daí, percebi que o bom da vida é viver. E o ruim, também!
Mas o ruim da vida é muito mais que apenas viver. Adicione à lista, por exemplo, os dissabores do amor (E as decepções provenientes dele também). Que desagradável é se decepcionar! Mas olhe para trás... Quantas vezes isso já aconteceu e você – veja só – não morreu! E esse é o bom da vida! A nossa capacidade quase infinita de superar. Digo quase, pois vai chegar um dia, talvez amanhã, daqui a dez anos, ou só na sua velhice, em que você vai perder. Para uma doença, um acidente... Mas ainda assim, a vida lhe dá essa chance todos os dias.
Percebi também que o ruim da vida é esperar, mas que o bom da vida está justamente na esperança. Assim como é ruim se decepcionar, mas é ótimo acreditar. Andando, você percebe que é bom olhar pra trás, sim. Mas é bom também que não se esqueça de olhar pra frente e vislumbrar novos horizontes, por mais clichê que seja a frase e o conselho. Por mais que eu mesmo não siga meus próprios conselhos...
Hey, Vida, está me ouvindo? Eu ainda gosto de você, surpreenda-me! Mas por favor, um pouco menos negativamente. Assopre aqui um pouco mais de esperança, dedicação, perseverança, vontade... De viver, também, por que não? Mais sorrisos, mais dias ensolarados por dentro de mim, mesmo que chova torrencialmente lá fora, não importa! Ande para mim, comigo e por mim. Me dê mais motivos para crer que você tem mais de 50 % de coisas boas, que coisas ruins (ou eu troco o título do texto!)...
Ainda sinto saudades dos meus 16 anos, porque se o bom da vida é viver, o ruim dela é essa mania de me fazer querer sempre voltar atrás. E se o ruim é não ter tal máquina do tempo, o bom da vida é a possibilidade de acordar e ter forças para tentar construir o mundo melhor particular. Com mais de 16 anos, já temos armas suficientes para isso. Obrigado, Vida... Por apesar de tudo, me deixar viver.


                                                      Leonardo Pierre
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