quinta-feira, 29 de maio de 2014

O que o coração quer?



O que será que o coração quer de nós? Cego toda vida, anda apontando o dedo na sádica brincadeira de “salada mista” e escolhendo as piores pessoas. Para não ser tão injusto, seguem as diferentes ações desse “músculo involuntário que pulsa por um monte de gente”:

1 – Você está sozinho(a). Permanece sozinho, porque o coração, mal humorado não está a fim de socializar. Mesmo quando você quer! Você bem que procura nos melhores lugares, alguém para que role a possibilidade de rolar alguma coisa... Sorrateiramente, para o coração se acostumar. Que nada! Você vai beijar bocas em quantidades da população da China e ele nem tchum... Muito menos “Tum-tum”!

2 – Você está sozinho(a). Quer ficar sozinho(a)! Sabe como é né? Curtir a vida, zoar com os amigos, com as amigas, Futebol aos sábados sem problemas... Ou noitada com as amigas sem compromissos da hora de voltar, exceto pelos pais ciumentos. Que o coração faz?
·                                     2.1 - Coloca no seu colo a periguete sensação do bairro... Não suficiente, ele bate forte pela danada, você fica louco pela fulana, dá mundos e fundos (Só o mundo, é melhor!). Mas melancia grande ninguém come sozinho e aí você toma aquela galhada Super Hiper Mega Plus Master Gigante, daquelas que todo o seu círculo de amizade da vida real, mais os conhecidos das redes sociais sabem... antes de você! Valeu coração, Obrigado!
·                                    2.2 - Joga você nos braços daquele cara saradaço, no meio da boate, dos sonhos, tipo príncipe! Claro que você está sozinha e não quer se apaixonar, mas no dia seguinte quando acorda, você pensa em que? Num remédio para dor de cabeça, claro! E depois, pensa naquele carinha que ficou de te ligar e de repente... Olha lá o telefone tocando. Você pensa: “Ih, olha o coração acertando dessa vez!”. Que nada, garota... Acorda! Coração não joga do teu lado não, muito menos quando você não quer!

Aí você pensa: “Mas eu nem queria me apaixonar, Coração burro desgraçado!” É, mas ele se manda...

3 – Você está sozinho(a). Não está a fim de ficar assim, ta cansado(a) da vida de solteiro(a), já curtiu demais. O coração, independente, demora a arrumar um pretendente digno pra você. Depois de colocar você nas piores situações, enfim, aponta o dedo pra aquela pessoa que oh: Vale a pena! “Felizes de uma maneira geral”, como diz uma canção que eu desconheço, mas vi alguém postando um dia desses, vocês vivem aquela eterna lua de mel de um mês! E foram felizes para sempre? Claro que não, né... Essa situação, cedo ou tarde, ou muuuuito cedo, está acompanhada com a ação a seguir...

4 – Você Não está sozinho(a). Está muito feliz, obrigado. Arrá! Acontece que, o coração tem certos atrasos na percepção dos pedidos feitos por você. Você demorou a encontrar alguém, mas pediu, e pediu, e pediu bastante! Ele, na ânsia de acertar (pode duvidar se quiser, eu mesmo duvido das boas intenções dele...), te deu de presente um amor maravilhoso, cheio de planos pra vocês dois e de repente errou na dose. Saiu apontando o dedo para um monte de amores, e para um deles você olhou. Tá aí, o coração não errou na entrada, mas na saída deixou a assinatura! Pego emprestado um verso de Chico Buarque que diz “Amo tanto, e de tanto amar...”, para dizer que de tanto amar, o coração amou duas pessoas! Uma briguinha inocente ali, deu brecha para um outro amor, e você pode tentar dizer que não, mas para toda a galáxia, é uma tremenda cafajestagem sua. E você, claro, Vai culpar o coração. Esse bandido!

E com certeza, Nunca saberemos o que quer o coração... A menos que encontremos aqueles amores de cinema, novela, desenho, contos... Nesses, que duram para sempre, o coração agiu direitinho. Que inveja!

                                                                           Leonardo Pierre
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E então Coração?

Visita



Cá... No meu mundo fechado
Com a chave por fora
Preso no passado
Passava da hora
De alguém ter coragem e me visitar

E ao abrir a porta
E ver o teu rosto
Feições tão felizes
Abraços à gosto
“Menina-sorriso” veio me encantar

E sim,
Lembrastes de mim
E não desistiu
Fazendo assim
Tão linda sorriu
"Oh, Felicidade... tu podes entrar!"

terça-feira, 27 de maio de 2014

Sorriso Improvável


Tempo improvável para te ver sorrir
Pensei que sofrias do súbito mal
Depois do que te obriguei a ouvir
Com meu egoísmo além do normal
 
No entanto, sorris com a mesma doçura
Nos bares, nas festas, em todo lugar
E eu me trancando na minha loucura
Ter-te, perder-te e te ver se afastar

Dizem ser falsa tamanha alegria
De moça vestida de pura candura
Mas nesse improvável encontro do dia
É tão convincente a tua armadura...

Que finjo um sorriso de “tudo está bem”
Mostrando que sempre serei incapaz:
De ferir-te na alma e em tudo que tens;
De ousar novamente tirar-te a paz

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Povos da mente



“Bom dia Leonardo. Putz, já ta ele falando sozinho outra vez, pára com isso! Já estou eu falando comigo mesmo e me tratando em terceira pessoa como se eu fosse outro, além de mim.”

LONGA PASSAGEM NO TEMPO, FAZENDO AS MESMAS COISAS DE TODOS OS DIAS...

“C#%¨*lho, já são 20h? Louça na pia. Não vou fazer comida de novo. To com fome. Não tem miojo. Cacete, vou fazer comida. Que isso, sou f..#@da, ficou bom demais. Novela estranha, mas vou ver assim mesmo. Hoje vou dormir cedo, muito sono. [Telefone].”

MEIA NOITE...

“A madrugada é minha. [Pronto, vou filosofar meias palavras de auto-ajuda no wathsapp e umas postagens estranhas no Facebook...]. Vontade de comer... de novo! Hum, um chocolate gelado ia cair bem. Acabou o leite. Vou beber água mesmo. Ih, tem um refrigerante sem gás ali na geladeira. Saudade da minha mãe. Como tem gente engraçada na Rede Social. Vou ler uns blogs de alguns amigos. [Três idéias idiotas de textos sensacionais e não sai nada]. [Pausa pra ver alguém interessante no Jô Soares]. [Abaixar o volume do rádio pra ver o Jô, ler algum blog, Postar na página, fazer alguma imagem editada pra postar às 10h da manhã na página, escrever um texto de dez linhas e apagar tudo por achar um absurdo tudo aquilo que escrevi... Tudo isso ao mesmo tempo]. É até que o Jô foi “legalzinho”. Queria minha mãe. Putz, eu ia dormir cedo. Queria comer alguma coisa. [Lembrei de alguma coisa interessante que aconteceu num dia nem tão interessante.]. Podia escrever sobre isso. Hoje não, to com preguiça. Vou deitar. Cacete, esse filme é "bonzão"...”.

TRÊS HORAS DA MANHÃ...

“Sono de verdade, hen Léo... Falando sozinho outra vez se tratando na terceira pessoa, Pierre? Deus, eu me perguntei e eu mesmo vou responder e já não sei em que pessoa estou. Acabou que não escrevi nada. Hum, saudadinha do meu Bebêre. Obrigado meu Deus, que cansaço gostoso. Acho que vou escrever sobre as dores...”


[ESCREVO UM POEMA SOBRE O AMOR, SALVO, ME ORGULHO, VOU DEITAR]

                                                            Cabeça do Leonardo Pierre
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segunda-feira, 19 de maio de 2014

Mudar


Tudo muda.
As cores mudam, não são virgens. Para que outras cores nasçam, é preciso essa mutação, a mistura de umas com outras. O governo muda, por melhor que tenha sido (é difícil essa segunda oração); o céu muda, mesmo sendo essa “infinitude”... Esse céu pode não ser o mesmo de lá do Acre, onde pode estar chovendo misérias.
As saídas mudam. Mudam de lugar, de tamanho...
Os móveis da sala mudam demais, sempre dando ares de casa nova, na nova disposição. Mudamos de canal, o canal muda de programação, o programa muda de apresentador, e o cara não vai lá e cisma de mudar os quadros? Então, por que você, dono da sua vida, não pode mudar?
Permita-se a essa aventura... Prefira ser “uma metamorfose ambulante”! Está liberada, a partir de sempre, a mudança de postura, de uma opinião qualquer. Mudar de local, a inércia não faz bem a ninguém. Comece de um pequeno passo, ou pulo. Do pequeno para o maior, do maior para o "marzão" sem tamanho!

Mas mudar não é sinônimo de trocar. Cuidado com os verbos! Trocar pode torná-lo fútil e volúvel demais. Mudar, o faz corajoso. Arrisque. Arrisque-se! Jogue-se de cara vez ou outra. Um corte a mais no rosto não será nada demais – e nem de novo – em sua vida.


                                                    Leonardo Pierre



sexta-feira, 16 de maio de 2014

Agridoce


Seja, Amor, minha ferida
A contusão mal resolvida
A construção mal acabada
A solução mal misturada
A visita indesejada

Mas seja, Amor
A paixão que arrebata
A dor que não maltrata
O sofrer pelo prazer
O abandono das amarras
A liberdade das escolhas

Fira, Amor!
Mas traga esparadrapo
Costure todos os trapos
Reponhas todos os pratos
Seja azedo, seja amargo
Mas com a doçura de um agrado

Seja mau, seja ruim
Mas seja a cura
De toda loucura
Que você mesmo causou em mim

terça-feira, 13 de maio de 2014

Bagunça



Preferia não arrumar nada. Nem catar os cacos de vidro no chão, os papéis rasgados pelos cantos, nem mesmo recolocar o sofá, arrumado em outra disposição.
O cenário parecia de uma luta secular, mesmo sem sangue algum manchando os móveis. Muita bagunça compondo a cena, na qual eu agora era o único personagem. Testemunha da passagem desse furacão que foi você...
Digo mais: Seria capaz de viver durante anos nesse caos doméstico, deixando tudo intactamente no mesmo lugar. Não queria perder a oportunidade de sentir eternamente sua presença. A casa bagunçada do jeito que ficou quando foi embora, dava a impressão de que você acabara de sair... E era somente essa a impressão que eu queria ter.
Isso iludia a saudade. Eu lhe sentia. Fechava os olhos e via você transitando pelos pequenos espaços vazios. Seu cheiro, de repente, pairava novamente no ar, na sala, no colchão que improvisava a cama, na cozinha, onde ficamos abraçados na tentativa de preparar nosso almoço. Que dia maravilhoso...
Mas que besteira a minha... Eu sempre soube que você voltaria! Tratei de arrumar tudo, deixei tudo como novo. Afinal, furacão gosta mesmo é de bagunçar! Sei que você vai voltar... E estou preparado para ajeitar a arruaça que você fizer, todas às vezes.
Bem vinda à minha vida, todos os dias!


                                                          Leonardo Pierre
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            "É festa, é festa, é festa é festa até quando o sol raiar..." ♪

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Romanticar


“- Eu sei romanticar”, disse meu amigo. Assim mesmo, com o neologismo permitido aos de mente farta e inteligente. E claro, com seu, já característico, travessão! O que quis dizer, então, nobre amigo? Sem lhe perguntar, tentei deduzir...
Ama – muito! – esse rapaz. À sua maneira, confuso... tento entender. Ama a mim, eu sinto. Seus amigos, seus pais, a irmã irritantemente adorável! Mas é difícil... Escreve difícil falando fácil. Julga-se incompreendido, por todos, a vítima. Eu rio. Mas ama do seu jeito, como todos amam de forma particular. Por que não ele?
Nos seus textos, pouco fala sobre amor. Até resolver soltar essa pérola que me apodero sem consentimento para abordar nesse escrito. Romanticar. Criou-se um verbo, o qual eu acredito que deva ser usado para designar uma escritura sobre romances, sobre falar do amor, sobre quando resolver ser romântico. Você consegue, amigo! Está aí dentro, gritando para sair...
Seja romântico, seja doce... Mais doce, querido jornalista! Demonstre, escreva, arrisque uns versos, vista-se de poeta e deixe, então, a poesia levar você além do chão, além dos olhos, além do amor que talvez você não consiga enxergar daí, da caretice de não ser careta!

Romanticar, o verbo que só será uma ação se você permitir. Então: Romantique!


                                                                     Leonardo Pierre
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Pl Carvalho, o dono do verbo. Amo você, meu amigo!