quarta-feira, 9 de julho de 2014

A quem interessa?




               Seguindo na rota dos pensamentos, me pego as vezes tentando entender o que as pessoas pensam das pessoas. Depois, me questiono duas coisas:
1.    Elas pensam nas pessoas?
2.    E se sim, por que pensam tanto nas pessoas?
Claro que é aconselhável SEMPRE pensar nas pessoas, no que elas sentem e/ou acharão de cada doideira nossa de todo dia. Mas andam preocupadas demais com a vida alheia...
              Percebo um mundo de gente ligada demais nas ditas verdades. O que é verdade? O que é mesmo necessário dizer? Nisso, entra a história de assumir ou não alguma coisa. Em tempos de redes sociais bombásticas, é até natural esse tipo de exposição. Mas, e quem não prefere essa invasão consentida? Terá que se conformar com a invasão forçada?
             Estamos em um momento onde parece ser obrigatório assumir um relacionamento, uma orientação sexual, desejos íntimos; revelar vontades próprias, o que não se diz, todo o sentido e principalmente o que não faz o menos sentido! Pra que? A quem interessa?
             Transformar a vida “do próximo” em um reality show sem famosos está se tornando patético! Sem as câmeras dos “Bigs” programas, forçam os olhos e perdem o próprio tempo para espiar o vizinho. Como se já não bastassem as revistas que fornecem todo o leque de assuntos, talvez dispensáveis, das incríveis estrelas permanentes e algumas já decadentes. O “entre, pode entrar!” não é mais necessário. Já invadiram.
          Desejo que fiquem livres da exposição desnecessária os casais discretos (A vida é de vocês, assumam o que quiserem, se quiserem e quando quiserem), os homossexuais, bissexuais e afins (Na boa, ninguém chega em casa com a cara dramática e diz: “Mãe, pai... sou “hétero”!”, portanto, não se forcem caso não queiram. A vida e o que você faz dela também é problema – e/ou prazer - unicamente seu)

             Aplausos para quem faz de sua vida um livro aberto, mas com aquelas páginas exibidas somente em edições exclusivas!

                                                                    Leonardo Pierre
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Viver... Apenas!

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