A verdade é que eu passei muito tempo sem querer
nada. Inerte. Vendo o mundo rodar, o tempo passar pela janela e, eu (nem
Carolina*), não vi(mos). Daí, tomei o choque. Um tiro - ou soco no estômago -
da vida despertou o quanto resta pouco tempo a frente. Mesmo que seja muito.
Morremos um pouco a cada dia, desde que nascemos.
Um dia a mais, sempre é um dia a menos. Vivê-lo como se fosse o último, antes
de ser uma espera trágica é a melhor forma de fazer valer a pena esses poucos
momentos que temos aqui. Sejam eles correspondentes à 5 ou 50 anos.
Mas, voltando ao soco na boca do estômago, que
provocou úlceras terríveis à primeira vista, comecei a querer tudo. E ao mesmo
tempo. Que loucura ter só duas mãos para abraçar esse mundo gigante! Aqueles
sonhos na gaveta (junto com alguns textos impublicáveis) vieram à tona e na
mesa, a vontade de realizá-los virou prioridade.
Que bom!
Desejo a vocês muitos socos no estômago, se preciso
forem. Mas não deixem de sonhar, realizar, e assim, viver.
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*Em referência ao samba lindo e triste Carolina, de Chico Buarque, mais precisamente ao trecho "Eu bem que mostrei à ela, o tempo passou na janela e só Carolina não viu"
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*Em referência ao samba lindo e triste Carolina, de Chico Buarque, mais precisamente ao trecho "Eu bem que mostrei à ela, o tempo passou na janela e só Carolina não viu"
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