quinta-feira, 28 de maio de 2015

Caminhos



     É difícil conviver com o medo. Principalmente quando este vem acompanhado de outros. As vezes temos a sensação de que o tempo corre mais rápido para nós e acredite: pode ser verdade. Enquanto perdemos tempo dando atenção aos nossos medos, outras pessoas estão arriscando e ganhando esse tempo que perdemos olhando para o nada, angustiados por não tomarmos decisão...
     É complicado domar o medo quando ele cria um dilema. Por exemplo: ficar perdido entre o que quer, o que gosta e o que realmente precisa, passa aquela sensação de estar localizado, estático, no meio do nada, com três ou mais caminhos à disposição e com uma ampulheta marcando o escasso tempo que tem para escolher.
     O preocupante dessa situação é justamente essa escolha. Ou a "não escolha". Perdido nessa trilha, na qual não se sabe ao certo aonde vai dar, pode parecer um suicídio decidido na Roleta Russa...
     Mas e o tempo? Ele não ficou parado enquanto decidíamos o caminho. Não sei qual a melhor resposta, mas, certamente, ficar parado no meio da trilha não é o mais aconselhado.
     De verdade? Fecha o olho e vai! Se der errado, volte duas casas, já ciente de qual caminho não seguir. E se não der para corrigir a opção errada, a vida se encarregará de propor outros dilemas, com outras questões e você verá que foi testado durante toda sua existência, numa infinita prova de múltipla escolha, desde quando não sabia se gostava mais de Cremogema® natural (com canela ❤) ou de chocolate... A vida cobra respostas definitivas.
     Então, sem medo do final, se joga. Paulinho Moska diria:
"... Qual é a graça
De já saber o fim da estrada
Quando se parte rumo ao nada?"

Boa prova... Digo, boa sorte!