segunda-feira, 28 de julho de 2014

O Tal Malandro



Era um Malandro
Tinha pinta de moleque e um sorriso encantador
Cada quadra era uma esquina, cada esquina era um amor
E ele lançava fácil cada golpe de olhar

Era um Malandro
E na juventude fez das Damas uma coleção
Não poupou nenhuma delas de sofrer decepção
Com andar sempre sereno lhes prometendo amar

Era um Malandro
E de tanto Malandrear, escorregou na ilusão
Conheceu a Dama certa pra domar seu coração
Que fez dele o que bem quis... Tem dele o que quiser

Daí então
O Tal Malandro percebeu que é difícil impedir
O destino de fazer suas maldades quando quer
Percebeu que não se brinca com desejos de mulher

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Casinha


Abri a porta de lá
Mas só pra faxinar
Uma limpeza costumeira
Como toda sexta-feira
Não poderia imaginar
Que alguém moraria ali
Estranho e calmo, tal lugar

Essa casinha
Que era só minha
Que só batia
Que não sofria
Hoje te convida para entrar
Só uma chave, Não tem problemas
Não esquente com isso, não
Essa casinha que te convida
Só tem entrada, não há saída
Fique à vontade
E se aproprie do meu coração

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Sejamos Nossos


Deixou no ar, ao bocejar
A atmosfera que desejo respirar
Dê-me, pois, esse direito
Deite, então, sobre meu peito
Queira tudo, e muito e mais
E o prazer que satisfaz
Que seja claro e óbvio
Que seja simples e sempre
Que apague toda dor
Que vez ou outra a gente sente

Sejamos nossos toda noite
Que fujamos do açoite
E deixar a noite toda
Tocar o violão inquieto
Despertar o momento disperso
Dispersar o golpe esperto
Que atinge o sonho em comum:
O desejo da vida inteira
Dois corpos na esteira
Mas coração, apenas um

quarta-feira, 9 de julho de 2014

A quem interessa?




               Seguindo na rota dos pensamentos, me pego as vezes tentando entender o que as pessoas pensam das pessoas. Depois, me questiono duas coisas:
1.    Elas pensam nas pessoas?
2.    E se sim, por que pensam tanto nas pessoas?
Claro que é aconselhável SEMPRE pensar nas pessoas, no que elas sentem e/ou acharão de cada doideira nossa de todo dia. Mas andam preocupadas demais com a vida alheia...
              Percebo um mundo de gente ligada demais nas ditas verdades. O que é verdade? O que é mesmo necessário dizer? Nisso, entra a história de assumir ou não alguma coisa. Em tempos de redes sociais bombásticas, é até natural esse tipo de exposição. Mas, e quem não prefere essa invasão consentida? Terá que se conformar com a invasão forçada?
             Estamos em um momento onde parece ser obrigatório assumir um relacionamento, uma orientação sexual, desejos íntimos; revelar vontades próprias, o que não se diz, todo o sentido e principalmente o que não faz o menos sentido! Pra que? A quem interessa?
             Transformar a vida “do próximo” em um reality show sem famosos está se tornando patético! Sem as câmeras dos “Bigs” programas, forçam os olhos e perdem o próprio tempo para espiar o vizinho. Como se já não bastassem as revistas que fornecem todo o leque de assuntos, talvez dispensáveis, das incríveis estrelas permanentes e algumas já decadentes. O “entre, pode entrar!” não é mais necessário. Já invadiram.
          Desejo que fiquem livres da exposição desnecessária os casais discretos (A vida é de vocês, assumam o que quiserem, se quiserem e quando quiserem), os homossexuais, bissexuais e afins (Na boa, ninguém chega em casa com a cara dramática e diz: “Mãe, pai... sou “hétero”!”, portanto, não se forcem caso não queiram. A vida e o que você faz dela também é problema – e/ou prazer - unicamente seu)

             Aplausos para quem faz de sua vida um livro aberto, mas com aquelas páginas exibidas somente em edições exclusivas!

                                                                    Leonardo Pierre
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Viver... Apenas!