terça-feira, 30 de maio de 2017
Cansaço
No meio da multidão
Com transeuntes comuns
cada qual com seus problemas
Ele deixou que embaçassem os olhos
Molhou o rosto, olhar ao longe
Sem secar e sem pudor
Abraçou um estranho
Caiu a fortaleza
Caiu a bravura
A armadura
Todo o peso...
Melodias diretas em seus ouvidos
Embalavam a cena
- Mas o que houve?
- Deve ser cansaço. Obrigado. Desculpa!
Secou o rosto
Limpou os olhos
Trocou a música
Dançou na praça
Se despediu de dois litros de cansaço
Mas sabe que seu cansaço é um oceano inteiro
quinta-feira, 25 de maio de 2017
Sobre as manipulações...
- O que você vai fazer amanhã?
- Além de acordar, nada planejado.
- E hoje, antes de dormir?
- Pensar se vale a pena acordar amanhã.
- Nossa... Você não faz planos?
- Sim... Mas entre dormir e acordar, todos eles são modificados ao prazer do Criador.
- Hum...
Escondido
Você ainda pode vir
Ainda estou aqui calado
Rouco de não falar
Sufocado pelo silêncio que inventei
A repressão que imaginei
Justificando todo medo de berrar
Se ainda quiser, pode chegar
Na mesma rua, na mesma casa
Ainda é o mesmo lugar
Que a covardia me aprisionou
Onde os pés não flutuaram
E as asas de criança
Pela metade me cortaram
Tudo bem, a culpa é minha
Tudo bem, tudo bem
Mas se puder, venha!
Talvez eu esteja precisando
Fingindo florecer
Evitando a explicação
Do que não soube entender
domingo, 21 de maio de 2017
parênteses - 1
Sou apaixonado. Estou assim
Pelos chãos do meu passado
E toda estrada percorrida sem fim
Pelos parênteses abertos
Os quais não consigo fechar
Dos amores, uma âncora
Mais que lembrança, um peso
Que me afunda e afunda meu peito
Dói. Sangra. Fere ardentemente
O passado mora lá...
Mas tira férias em meu presente
Pelos chãos do meu passado
E toda estrada percorrida sem fim
Pelos parênteses abertos
Os quais não consigo fechar
Dos amores, uma âncora
Mais que lembrança, um peso
Que me afunda e afunda meu peito
Dói. Sangra. Fere ardentemente
O passado mora lá...
Mas tira férias em meu presente
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