segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

O Vento


De repente ele muda de lugar
Como quem nunca estivera ali
Bagunça roupa, fechadura e documento
Sai sem cerimônia só desejando partir

Outra fase, outro país
Parece o amor que chega e se vai
Simplesmente sendo feliz
E gargalhando dos nossos ais
Berrando em nossos quintais
Arrombando nossos portões
Deixando marcas ao olhar assim de perto
Chegar do nada, e do nada ir
Como se nunca saíra de lá...
Como quem sempre estivera ali

Mal












Nem me pus a mentir
Normal estartão mal
mal nenhum estar assim 
Ninguém mesmo está normal

Posso até estar cansado
Mas o estado é pior
Por fora: Já não nego
Por dentro: é só o pó

E pode até sorrir ao natural
Assim, aleatório, jaz, sem luz
E se morrer parece um bom final
Sigo vivo na vida para fazer jus