Aprendemos
desde crianças a ver o lado bom nos fatos ruins. Dos sentimentos ruins
deveríamos, tirar os ensinamentos possíveis também. Geralmente associamos o medo
à coragem, mas como sentimentos que andam na contramão. Porém, prefiro acreditar que o
medo é um sinal de coragem. Vejamos: o medo de dizer SIM está diretamente
ligado à coragem de dizer NÃO.
Tenho
muitos medos, alguns absurdos, mas que são importantes para o amadurecimento das minhas idéias. Raras vezes fui intempestivo, e quando tive a coragem de ser, me arrependi.
É o medo quem me faz frear diante de algumas situações. Julgo extremamente
importante tê-lo, pois faz pensar. Mas pensar demais prejudica, sabemos...
Algumas
pessoas preferem chamar seus medos de sinais, ou pressentimentos, ou “meu
coração está pedindo pra eu não fazer”... Tá
bom, sim, aceito outras nomenclaturas... Mas é medo! Lá no fundo a voz que lhe
impede de ir ou de agir, é o medo lhe fazendo pensar duas vezes. E ele é
importante porque, na maioria das vezes, ele livra de complicadas situações.
Pode
parecer que é covardia o fato de fazer apologia ao medo. Mas é apenas um jeito
mais prático de saber agir tendo do lado algo que faça ter os pés no chão. É
necessário manter o equilíbrio entre a intempestividade e a covardia. Pensamos
demais ou não pensamos... Porque não achar o “meio-termo”? Ou se não for
possível equilibrar, tentar não ser sempre da mesma forma para evitar que haja
rótulos?
Essas
observações eu sigo sem “bula”... Ao contrário de todos os meus outros conselhos.
Covardia? Não... Segurança!
Leonardo Pierre
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Reconhecer, primeiro passo!
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