O que me invade ou o que eu deixo
entrar, o que se apossa ou ao que eu me entrego: tudo é parte de mim! O que eu
rejeito ou o que chega sem pedir, o que eu faço ou o que fazem por mim: é tudo
entrega, e é parte de mim! O que me joga ou o meu ato impulsivo, quando me
jogam ou quando eu pulo: é tudo desistência, e é parte de mim! O que eu luto ou
o que venço fácil, o que eu perco, mas não me entrego fácil: é tudo
resistência, e é a parte de mim que eu procuro.
Essa busca pelo ser inatingível,
e, quando atingido não abatido, é constante. E deveria ser incessante.
Resistir, mesmo diante das adversidades deve ser ensinado em casa, na escola...
Pois com a vida, não tem estágio! Do sair do colo da mãe ao aprender a tomar
banho sozinho estamos ainda protegidos, apesar de acharmos que não. Começamos a
trabalhar e um mundo inteiro se abre para nós, na mesma proporção que esse
mundo inteiro cai sobre nós. E exige que sejamos firmes, pois por mais clichê
que seja: só os fortes “sobrevivem”. E os fracos que ficam apenas ficam.
Estagnados, vendo a banda do Chico passar, mas sem o lirismo da canção. É como
se a resistência fosse “o aplicativo a ser baixado na sua alma”, para um melhor
aproveitamento da máquina.
A desistência no geral não é
sinal de fraqueza. Muitas vezes é demonstração de ter prioridades, ou de ter sensibilidade
e sabedoria de saber o momento de agir. E a desistência também é uma ação. É
preciso distinguir esses momentos para dosar e não desistir de tudo, mas
também não resistir a tudo. O desejável bom senso tem sua utilidade.
Pensar demais e ter medo disso:
isso também é parte de mim!
Leonardo Pierre
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Força!Leonardo Pierre
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