sábado, 11 de janeiro de 2014
Meu verso mudo
Sai de mim pro mundo vasto
Um mudo a tagarelar
E se eu mudo meu compasso
Onde o mudo vai parar?
Rodo o mundo com meu mudo
E o mudo muda de lugar
E se o mudo muda a fala
Onde o mundo vai parar?
Mudo sempre meu caminho
Não te importa pra onde eu vá
Levo o mudo pro meu mundo
Mudo o mudo de lugar
Mas o mudo vai comigo
Mesmo se o mundo parar!
Obrigado, Rio
Não há dor
Não há
calor
No meu
peito, só amor
Com seus
tantos graus
E seu mar
com tantos sais
Ainda assim,
Rio, só amor
Em transe
fico
Sem ardor
Ao contemplar
do arpoador
O Sol
caindo em tuas montanhas
Tocando leve
os Dois Irmãos
Para os
aplausos dos amantes
E os
acenos de nossas mãos
Um último
mergulho, talvez
Ou caminhar
ao Posto 6
Ou
desistir e ir embora
Mesmo
sentindo ser antes da hora
Amanhã eu
volto
Juro e em
ti confio
Ser mais
um belo dia de seu sol...
Obrigado,
Rio!
Senhora
Prazer, linda senhora
Que tenho em lhe conhecer
Isso se não for muito ousado
Eu já falar em prazer
Não me tem conhecido
Sou moço demais ainda
Mas aos poucos vai sabendo
Dessa minha mágoa infinda
Perdoe-me, ó senhora
Pela minha voz embargada
Pelo choro contido
Nessa lágrima guardada
Pelo peito explodindo
Pelo rancor estocado
Quero apenas pedir-lhe
Um carinho, um bocado
Um tanto de dengo
O quanto for necessário
Se prazer puder me dar
Receberei de bom grado
Tomo pela mão as coisas
Arrebato meus guardados
Mudo-me agora mesmo
Pro seu lar, meio apressado
Mas se não quiser liberdades
De-me apenas seu doce colo
Prometo enxugar as lagrimas
Que por ventura caírem
E chamar as palavras
Que da boca fugirem
Mas por favor:
Despeça-se não!
Fique mais um pouco
Deito mesmo que no chão
Ouço suas histórias
Beijo sua mão
Conto minhas memórias
Um pouco mais de gim?
Puro, se pra mim!
A noite pode ser longa
Ou curta se preferir
Faço luto, rodo o mundo
Deixo tudo
Mas não deixo você ir
Assinar:
Postagens (Atom)