sábado, 11 de janeiro de 2014

Senhora


Prazer, linda senhora
Que tenho em lhe conhecer
Isso se não for muito ousado
Eu já falar em prazer
Não me tem conhecido
Sou moço demais ainda
Mas aos poucos vai sabendo
Dessa minha mágoa infinda
Perdoe-me, ó senhora
Pela minha voz embargada
Pelo choro contido
Nessa lágrima guardada
Pelo peito explodindo
Pelo rancor estocado
Quero apenas pedir-lhe
Um carinho, um bocado
Um tanto de dengo
O quanto for necessário
Se prazer puder me dar
Receberei de bom grado
Tomo pela mão as coisas
Arrebato meus guardados
Mudo-me agora mesmo
Pro seu lar, meio apressado
Mas se não quiser liberdades
De-me apenas seu doce colo
Prometo enxugar as lagrimas
Que por ventura caírem
E chamar as palavras
Que da boca fugirem
Mas por favor:
Despeça-se não!
Fique mais um pouco
Deito mesmo que no chão
Ouço suas histórias
Beijo sua mão
Conto minhas memórias
Um pouco mais de gim?
Puro, se pra mim!
A noite pode ser longa
Ou curta se preferir
Faço luto, rodo o mundo
Deixo tudo
Mas não deixo você ir


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