sexta-feira, 26 de junho de 2015

Adeus, saudade


Havia algo aqui dentro
Fazendo barulho
Batendo, batendo
No mesmo compasso
Batendo no quarto
Um velho baú
Com seus velhos retratos

Abri o meu peito
Abri o baú
Saudade daqui e dali
Escaparam
Se encontraram no céu
E caíram lágrimas
Do céu, como chuva;
Do baú, manchas antigas;
Dos olhos, soro e leveza...

Aquele barulho
Quase me fez surdo
Emudeceu na tempestade
À saudade, disse adeus!
Fechei e guardei o baú
Limpei e fechei o peito
À vida, uma nova chance!
Renascido em branco e preto

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