segunda-feira, 19 de junho de 2017

sobre a morte

Que me doa, a morte, quem sabe um dia
E que eu não tema a dor que me acometerá
O valente que não fui em vida
Não o finja na hora da partida
Que a ferida se abra pra não mais sarar
Estarei pronto, como estou Agora
Uma pílula por dia pra me preparar
Não há apreço por essa estadia
Este corpo onde minh'alma habita
Foi só um trem encarnado a me carregar
Sou então a alma que vaga
Nas vagas horas de existência carnal
Que não doa a dor da morte em vida
Pra que a vida em morte possa se eternizar

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