terça-feira, 25 de setembro de 2012
"Vontadeando"
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Ainda é "só" Amizade?
terça-feira, 21 de agosto de 2012
O Bom da Vida
segunda-feira, 30 de julho de 2012
Ainda sei chorar
Sempre a vida, não é? A causadora de tudo, culpada pelas tragédias... De mãos dadas com o destino, faz coisas que Deus só não duvida porque é Ele quem está no comando de tudo. Mas uma das coisas que a vida leva culpa é pela frieza das pessoas. Comigo (sou uma pessoa, claro) não é diferente. Pelos incidentes, obstáculos, pedras jogadas em cima, pedras arremessadas por mim, por casos e acasos... A vida levou a culpa e eu me tornei mais frio, mais seco, insensível. A maioria dos sofrimentos é reversível, a gente aprende a lidar e percebe que nada é infinito, nem mesmo a dor. E como tudo tem limites, eu tenho os meus. Ainda existem sensações que me fazem chorar, pois ainda não sou um poço de frieza como eu mesmo ando me tachando.
E o despertar, cedo ou tarde, é sempre a tapa no rosto que diz "Bom dia, a vida é de verdade!". Portanto, o dia também me faz chorar. A realidade é cruel e machuca, expõe, castiga, agride o que você tem de mais valioso agora: as lembranças. Logo, as lembranças também me fazem chorar... E muito!
domingo, 15 de julho de 2012
A procura da vida perfeita
terça-feira, 15 de maio de 2012
A outra ligação - Enfim, o Tempo
Nunca Mais...
domingo, 15 de abril de 2012
Às vésperas dos oitenta
A idade já está me pesando! Pernas cansadas cambaleiam... A mobilidade fugiu de mim há algum tempo. Não sei se chegarei aos oitenta. Também não sei se verei o próximo verão, mesmo que este esteja bem próximo! O ar seco me sufoca; o ar gélido que corrói como uma estaca a matar os vampiros medievais e suas capas rubro-negras.
Já não há mais o que comemorar... Menos ainda o que esperar se não a partida para outro lugar melhor que esse - sob o ponto de vista das minhas benfeitorias -, ou pior, se forem contabilizados os inúmeros erros, que após os quarenta fiz questão de apagar da minha memória. Esta, cada vez mais seletiva. Porém, ainda há o que lembrar! Agradecer, pedir perdão...
Aos amores que feri, sem saber que eram meus... Peço que me perdoem! O peso da idade muitas vezes me fez falta a ponto de me cegar e não perceber o quanto seria importante pra ter vocês em minha vida. E os amores que feri, ciente de que me pertenciam, esqueçam! Meu humilde pedido, a essa altura da vida não vai adiantar, a menos que tenham passado a vida inteira esperando por ele. Nesse caso, as desculpas são pelo tempo que fiz vocês perderem esperando por um ato que na minha juventude jamais faria!
Aos amigos que me acompanharam até aqui... Agradeço! Muito a Deus por ter deixado vocês viverem tanto quanto eu, para podermos rir das histórias que a memória não apagou, rir das fraquezas que lhes atingiram e me deixaram imunes... E vice-versa! Aos amigos que perdi por orgulho de ambas as partes, se vivos estiverem, peço que me visitem. Façamos as pazes! Não me deixem partir com esse título de ranzinza que carrego desde a menoridade. Aos amigos que perdi por causa de caminhos separados agradeço imensamente o prazer de tê-los conhecidos. Aqueles abraços que precisei e não me negaram nunca saíram da minha cabeça. As risadas desenfreadas, as cervejas quentes que bebíamos só de sacanagem, os sambas que dançamos juntos e tantos carnavais perdidos também não. Assim como nunca me esqueci dos banhos de chuva e as juras de amizade eterna. Os sonhos foram planejados juntos, mas a execução foi cada um por si. Feliz por saber que vocês conseguiram sozinhos!
Aos parentes que se perderam no tempo e no espaço... Saudade! Saudade da infância, onde um tio distante apertava minhas magras bochechas, jurando que no natal anterior, elas eram menores! Saudade das tias gordas, que ofereciam os melhores abraços e colos, além dos melhores quitutes. Era eu quem os provava, dava um “joinha”, roubava alguns e caminhava para o campinho, jogar futebol até a hora do almoço.
Aos empregos que tive... Um muito obrigado pela oportunidade de crescer e aprender a filtrar o que deveria ser levado para o resto da vida.
À minha mãe, diria que por todos esses anos em que fiquei sem sua companhia, não deixei de pensar nela um dia sequer. Talvez, o que de bom me espera seja ela! Caso nos encontremos, ela estará linda, conservada da maneira que partiu. E eu, um velho, parecendo seu pai! Mas como me acompanhou mesmo de longe, me reconhecerá e me receberá com aquele abraço que fez falta durante toda a minha vida. E me dará o colo tão aguardado. E como quem embala um vovô na cadeira de balanço, ninará seu próprio filho, desfigurado pela força do tempo.
Talvez eu tenha mais o que falar, mas não me lembro. Essa luz fraca do quarto não serve muito para me manter acordado. Caso eu tenha algo a dizer, que não conste aqui e eu parta antes de ter essa oportunidade, peço a um anjo que me faça esse favor... Caso eu encontre algum! Mas agradeço a Deus, por ter me dado essa semana, esse dia... Ou apenas mais alguns minutos para expressar o que tenho vontade há tantos anos. Vai que eu não chegue aos oitenta ou ao próximo verão... Mesmo estando ele tão próximo, não é?
Leonardo Pierre
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Será que não está ficando tarde demais pra algumas decisões na vida?
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Para ver o sol nascer
Às vezes temos a impressão de que o dia não amanheceu, preguiçoso que só! São aqueles dias, muitas vezes em sequência, em que a tristeza toma conta de tudo, o tempo é nublado, tudo é feio e frio... Ficamos frios! Vontades estúpidas e descabidas dominam nossos pensamentos. Temos a certeza de que o mundo é melhor sem nossa presença. Muitas vezes pensamos nisso e não há quem tire isso de nós, somente nós mesmos e em um longo processo de autoconhecimento... Na verdade, reconhecimento. Olhamos pra dentro de nós e percebemos o que mora ali. Quando o dia está escuro, não adianta: cultivamos o que há de pior!
Mas, embora pareça que não, o dia clareia. As nuvens se abrem e com elas abrem-se também os nossos sorrisos, ainda tímidos e foscos, mas dão o ar de sua graça! E a graça volta a existir. Voltamos a encontrar graça em nós e de nós, como se fossemos nosso circo, nosso palhaço, amigo e segurança. Depois que o dia amanhece, o sol surge brilhante, imponente e mostrando que não somos nada menos que um reflexo dele: Lindo, gigante e brilhante...
É claro que para alguns, o dia vem mais rápido. Dependo do nível da tristeza, solidão ou qualquer mal que assole a existência. Para outros, a noite é longa e parece interminável. Contando com as constantes irritações que pioram e muito o quadro. Mas tudo isso faz parte da provação diária a qual somos submetidos... É a forma que Deus tem de mostrar o quanto somos capazes.
Por mais difícil que pareça – e É – é muito importante tentar reagir. Aprender, inclusive, a filtrar os ouvidos e aproveitar apenas o que é bom. Não ter medo de chorar é um grande passo, por mais que muitos questionem isso ou achem um sinal de fraqueza. A fraqueza existe e todos a temos, e é contra ela que devemos lutar. Fraqueza não é sinal de derrota... É sinal de cansaço devido à luta. Portanto, lute! Pois o Sol só nasce pra quem acorda!
Leonardo Pierre
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Para todos que lutam... afim de, enfim, ver o sol nascer.